Desde que a Alanis gravou " My humps" eu fiquei impressionada com a capacidade das pessoas de dar melodia (ou porque não melancolia!?) a músicas tipo... nada a ver sabe!?
Mas essa semana eu ouvi uma que me impressionou de novo.
Na vozinha da Sandy fica até bonitinha, romântica, né!?
Escuta aí!
E a original:
Mudança total de atitude! kkkk
abril 18, 2011
abril 10, 2011
Filme dos Smurfs
Saudade da minha infância.
E porque quando eu era pequena e loirinha natural(Sim! Já fui um dia!E lisos!), era a única da minha turma de balé que tinha malha azul, enquanto todas as outras tinham malha rosa. E isso me rendeu o apelido de Smurfete! rsrs
Vídeo: Exclusivo: 'Os Smurfs'
E porque quando eu era pequena e loirinha natural(Sim! Já fui um dia!E lisos!), era a única da minha turma de balé que tinha malha azul, enquanto todas as outras tinham malha rosa. E isso me rendeu o apelido de Smurfete! rsrs
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abril 03, 2011
Não somos figurinhas!?
Uma menina muito ressabiada. Era como se tivesse medo de gente. Família, padrinhos, vizinhos e professores não conseguiam entender o que a impedia de viver em paz com seus iguais.
“Mas o problema é justamente esse”, gesticulava ela, amaciando com seus dedinhos o pêlo macio de seu gato magro, branco e preto – o Bandidão. “Não somos iguais, não somos iguais, é tudo mentira. Eu olho para a Pati, o Ivan, o Ademir, a Tatá e só vejo diferenças.”
Os adultos se entreolhavam desanimados e pediam mais explicações. “Como diferentes, minha filha? Somos seres humanos, gente igual a você, iguais entre nós: duas pernas, dois bracinhos, dois olhos, uma língua, um cérebro, dez dedos na mão, dez no pé...”
Bandidão não estava nem aí para aquela conversa sempre tão óbvia. Entediado, deu um pinote, abandonando o colo de sua dona. Mas, ainda no ar, enquanto preparava suas patas para uma aterrissagem em segurança, ouviu sair dos lábios dela, também como um pinote, algo que a garota nunca havia dito: “E quem não tem duas pernas? Ou não escuta? Ou tem dois olhos, mas um é de vidro? Ou é muito feio? Aí não é gente? Para ser gente não basta nascer? E os bebês, não são diferentes? Por que vocês insistem em me convencer de que somos iguais? Gente não é como figurinha, que nós arrumamos em fila, deixando de lado as amassadas e as rasgadas para decidir o que fazer com elas depois”.
Bandidão estava emocionado. Entendera tudo, ora pois pois. A menina não tinha medo de gente. Acuada, sofria por outras razões. Faltava-lhe era coragem para discordar do pensamento dos adultos.
Confiante por ter conseguido, enfim, explicar sua angústia para os pais, ela experimentou uma sensação nova: sentiu pressa, muita pressa de ir para a escola. Pela primeira vez, sentia prazer em ser gente. Dedicou um último olhar de amor para Bandidão e seguiu pela rua.
Conto de Claudia Werneck
“Mas o problema é justamente esse”, gesticulava ela, amaciando com seus dedinhos o pêlo macio de seu gato magro, branco e preto – o Bandidão. “Não somos iguais, não somos iguais, é tudo mentira. Eu olho para a Pati, o Ivan, o Ademir, a Tatá e só vejo diferenças.”
Os adultos se entreolhavam desanimados e pediam mais explicações. “Como diferentes, minha filha? Somos seres humanos, gente igual a você, iguais entre nós: duas pernas, dois bracinhos, dois olhos, uma língua, um cérebro, dez dedos na mão, dez no pé...”
Bandidão não estava nem aí para aquela conversa sempre tão óbvia. Entediado, deu um pinote, abandonando o colo de sua dona. Mas, ainda no ar, enquanto preparava suas patas para uma aterrissagem em segurança, ouviu sair dos lábios dela, também como um pinote, algo que a garota nunca havia dito: “E quem não tem duas pernas? Ou não escuta? Ou tem dois olhos, mas um é de vidro? Ou é muito feio? Aí não é gente? Para ser gente não basta nascer? E os bebês, não são diferentes? Por que vocês insistem em me convencer de que somos iguais? Gente não é como figurinha, que nós arrumamos em fila, deixando de lado as amassadas e as rasgadas para decidir o que fazer com elas depois”.
Bandidão estava emocionado. Entendera tudo, ora pois pois. A menina não tinha medo de gente. Acuada, sofria por outras razões. Faltava-lhe era coragem para discordar do pensamento dos adultos.
Confiante por ter conseguido, enfim, explicar sua angústia para os pais, ela experimentou uma sensação nova: sentiu pressa, muita pressa de ir para a escola. Pela primeira vez, sentia prazer em ser gente. Dedicou um último olhar de amor para Bandidão e seguiu pela rua.
Conto de Claudia Werneck
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