Que eu nunca fui normal, isso eu sempre soube. Que as pessoas me acham louca também, porque algumas ainda falam. Mas eu sempre acreditei que ser louca num mundo "cão" era ser normal. Não sou uma rebelde sem causa, mas eu luto por tudo o que acredito, sejam opiniões, atitudes, posturas, conceitos e preconceitos. E sempre vivi de acordo com o que eu acredito ser ético. Meu botão do "foda-se" é ligado permanentemente e a minha personalidade está em ser do jeito que eu gosto de ser.
Mas eu comecei a me dar conta da mutação da vida. Com o passar dos anos essa rebeldia tende a perder força. É muito difícil lutar contra o sistema, enfrentar toda essa força que sempre nos impulsiona para buscar as mesmas coisas. Mesmo sem querer, quando damos por nós, estamos na onda. E quanto mais o tempo passa, a gente percebe a necessidade de seguir a onda.
Continuo a seguir tudo aquilo que acredito. Confio plenamente na minha intuição e nas verdades que eu sinto dentro de mim. Mas hoje eu tenho a consciência do quanto sou pequena frente ao universo ao meu redor. São muitas coisas pra eu conseguir abraçar só com meus dois bracinhos...
Então aprendi a fazer escolhas, a definir prioridades, a reconhecer a necessidade de fazer parte de um sistema, de ser o "normal" que agrade a todos. Mas não tem jeito, quando eu dou por mim, a Debora louca, estérica, brincalhona, criançona e sem noção espontâneamente escapa do meu esteriótipo moral conservador.
Quer saber? Adoro minha insanidade! Do meu jeito eu penso, reflito, questiono coisas que as pessoas simplesmente absorvem. invento filofias, uso minha sensibilidade e sigo minha intuição. Tudo isso agora reage dentro de mim de uma forma mais madura, mias adulta. Faz parte do ciclo da vida. Faz parte de mim! E é uma parte que faço questão que exista!
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