Tá bombando na mídia os efeitos da entrevista do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para o programa CQC da tv Band. Várias opiniões pipocam nos meios de comunicação on -line, o assunto não sai dos TTs do twitter, virou comunidade no orkut, enquetes e por vai.
Mas em meio a toda a polêmica o que me chama a atenção é como o caso é tratado com intolerância em ambas as partes.
Segundo consta:
racismo
s. m.
Sistema que afirma a superioridade dum grupo racial sobre os outros, preconizando, particularmente, a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo visando o extermínio duma minoria (racismo anti-semita! dos nazis).
preconceito
(pre- + conceito)
s. m.
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objectivos!. = intolerância
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.
(Fonte: http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx )
O que me espanta é que num país como o Brasil, que possui em suas raízes uma mistura descomunal de tipos, classes,raças, culturas e línguas, essas duas definições soem tão forte no nosso dia a dia. Não acredito que haja em um só brasileiro o puritanismo da raça européia ou africana ou asiática. Já tá tudo junto e misturado! Nascemos assim, a nação brazilis.
Só que a polêmica não está apenas da raça ou na opção sexual. Está no respeito. Independente da cor, raçã, classe social, opção sexual, time docoração, somos todos e cada um seres humanos, gente mesmo, passível se dor, de amor, de saúde, de doença, de felicidade, de tristeza, de raiva.
São tão pucas coisas que nos difere no coletivo, mas a essencia é uma só. E tudo bem que espiritualmente nós temos o livre arbítrio e que constitucionalmente nós temos o direito de livre expressão, mas no tato com o outro, na cordialidade, isso tudo se sujeita ao respeito ao outro.
Tudo bem em não simpatizar com negros, tudo bem em não entender o homossexualismo, ninguém é obrigado a gostar de tudo e de todos. Nem Jesus conseguiu agradar a todos! O crime não está em gostar ou não, isso é direito, isso é democrático. Mas isso não dá o direito de agredir, atacar, humilhar, desprezar. Antes de ser negro, antes de ser gay, é gente.
E me entristece ainda mais as pessoas que estão em algum cargo de poder e se acham no direito de falar o que querem, o que pensam doa a quem doer. Não ha dono da verdade. Há tolerância e respeito.
O senhor deputado em questão é do Rio de Janeiro, curiosamente uma região onde a cultura negra mostra seus traços abertamente. Deveria já ter se acostumado com a comunidade negra, não!?
E ser gay não é doença, não é escolha. É atitude. E uma atitude louvável de se assumir mesmo com uma sociedade tão preconceituosa como a que vivemos. Ouve-se facilmente que "Adoro gays, mas Deus me livre do meu filho ser gay!"
Baboseira pura.
Então em vez de falar, vamos mostrar.
Mostrar respeito, mostrar educação, mostrar tolerância, mostrar um consciência madura digna de um novo milênio.
Já temos guerras banais demais.
Já passou da hora do mundo aprender a ser gente de verdade.
A propósito:
respeito
(latim respectus, -us, acção! de olhar para trás, espectáculo!, atenção)
s. m.
1. Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém.
2. Apreço, consideração, deferência, obediência, submissão, temor, medo.
3. Temor do que os outros podem pensar de nós.
respeitar - Conjugar
(latim respecto, -are, olhar para trás muitas vezes, esperar, prestar atenção)
v. tr.
1. Dar provas de respeito. = honrar, venerar
2. Poupar.
3. Tremer, recear.
4. Observar, cumprir, tolerar.
v. intr.
5. Estar na direcção! de.
6. Dizer respeito, ser relativo, pertencer.
v. pron.
7. Dar-se ao respeito.
8. Não cometer actos! impróprios de seriedade.
pelo (ou no) que respeita a: relativamente a; quanto a.
Pensemos nisso.
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