junho 04, 2009

A relatividade do belo...



Psicanalíticamente falando "um objeto é reconhecido como belo não pelo que ele é em si mesmo, mas por sua capacidade de nos trasnportar para mais além dele, sua capacidade de nos fazer trasnceder." (Denise Maurano em Para que serve a psicanálise? )
Transceder... Acho que está aí a questão de tantas pessoas estarem a procura do amor e não encontrar, ou achar difícil...
É muito complicado transceder, ir além do que temos, ter a visão além do alcance como o Lion dos Tundercats.
Na verdade, não nos permitimos a isso. Estamos sempre num ritmo acelerado de vida, uma quase hiperatividade necessária e exigida e não nos damos tempo de parar e nos deixarmos perceber no outro.
Há hoje uma cultura da individualidade, da felicidade a qualquer custo, de estar sempre por cima e isso tem um preço alto.
Deixemo-nos ficar tristes, curtir fossa, deixemo-nos fracassar pelo menos uma vez, aprender com a derrota, com a perda, aprender a aceitar situações, o diferente, o outro.
Viver implica em experimentar não só coisas boas, mas as ruins também.
Devemos nos acostumar como real e não ficar na busca utópica pelo ideal. Caso contrário a frustação é inevitável.
Viver é saber lidar com o nosso proprio eu. É se autoconhecer para entender o mundo. É compreender o mundo para entender a si mesmo. É acreditar que a dualidade faz parte da vida e andam juntas e não em conflitos.
Não sei se esse é o segredo da felicidade, se é que ela existe...
Mas acredito que seja um caminho para a paz interior...

Um comentário:

Blog da Confraria disse...

Eu também acredito plenamente nisso. É impossível ser feliz o tempo todo, o segredo é viver as coisas boas e as ruins e esperar que tudo a vida da um jeito.