janeiro 11, 2013

Suíça, parte II - Zurique

Depois de cinco dias na pacata vila de Interlaken, eu já estava louca para sentir o ar poluído de uma cidade cosmopolita.
Zurique foi nosso ultimo destino em terras europeias. Que cidade linda!
Passamos dois dias apenas na cidade, mas o foi o bastante para sentir vontade de ficar lá.


Partimos de carro de Interlaken  para Zurique certos de que iriamos ter a mais bela vista para uma viagem.
Impossível! Como a região é repleta de povoados e vilarejos, você sai de um e cai em outro, resumindo, a velocidade média em que andávamos era de 60 km:h. Impossível viajar assim. Trocamos a vista linda pela praticidade da auto estrada e seus tuneis infinitos. Mas ainda tivemos algumas surpresas agradáveis como essa formação rochosa da foto acima. Carros de grande porte não passam por ela. Não mesmo! rs



Zurique é a maior cidade da Suiça e o seu centro financeiro também. É cortada pelo rio Limmat.

A primeira vista, a cidade é uma loucura. De cara fomos para a principal avenida comercial da cidade, pois tinhamos presentes pra comprar. Não dava pra estacionar, uma confusão de carros, pessoas e trams que enlouqueceria qualquer um. Devolvemos o carro e ficamos a pé mesmo.
Tudo que precisávamos e até o que não precisavamos, encontamos na Bahnhofstrasse.
Andamos loucamente por Zurique e aos pucos eu fui entendendo aquela confusão organizada de gente e de coisas. Apesar da aparente bagunça, tudo funciona perfeita e harmonicamente. É incrivel o sentido de organização da população da cidade.




Por mais que seja uma cidade grande, é impressionante a ordem social do lugar. A cidade é incrivelmente limpa e conservada. Tudo funciona no seu horário correto. Os trams passam no horário exato ao indicado nos pontos, em cada ponto há um mapa da cidade e das linhas por onde passam. Tudo muito bem sinalizado.
Mas de tudo o que me impressionou mais a segurança. Apesar de não vermos policiais a paisana, a tranquilidade com que se pode transitar no centro de Zurique a qualquer hora do dia , parece irreal para nós brasileiros.








Depois de uma semana numa cidadezinha, onde nada acontecia e até o Cassino era sem graça, eu precisava de muvuca, movimento, dançar até me acabar. Partimos em uma saga noturna pelos points de Zurique. Pegamos quase todas as linhas de trams da cidade, com guia de bolso, tentando achar os endereços. A maioria dos bares eram lotados e o atendimento era totalmente desproporcional.
Assim, aqui no Brasil nós reclamamos da demora em ser reposto um chopp por exemplo^Ç, lá ficamos em pé no balcão uns 20 minutos e o atendente nem olhou na nossa cara. Não foi má vontade, foi impossibilidade mesmo. Eram umas 300 pessoas na casa para dois ( sim, minha gente DOIS!) atendentes apenas. E isso não aconteceu em um bar apenas, mas em praticamente todos os da moda em que fomos.
Mas, meu sentido cachaceiro não me decepciona, passamos por um pub, super bonitinho e me deu aquele estalo para descermos lá e... Bingo! O lugar era tranquilo, atendimento ótimo e um DJ que tocavam musicas dançantes mesmo, da moda. Dancei até o Opa Gangnam Style!
E o melhor de tudo, é que saímos do pub, por volta das três da manha, procurando um Mc Donalds 24 hs pra poder comer e qual não foi minha surpresa ao ver todo mundo andando tranquilamente pelas ruas de Zurique em plena madrugada. Foi a coisa mais incrível que eu achei. Andar tranquilamente durante a madrugada pelo centro de Zurique. E ainda teve a do taxista que, quando mostramos o cartão do hotel para ele, disse que poderíamos ir a pé, que eram apenas quinze minutos de caminhada. Ahn!
Imagina fazer isso no Brasil!





O bom disso tudo é que quando você conhece como as coisas funcionam lá fora, meio que entende porque as coisas acontecem (ou não) no Brasil. Não é só a questão politica, não é só desigualdade social, não é só educação. É consciência social mesmo. É o que falta muito na gente, o pensar no coletivo, no nós em do EU.
Mas foi delicioso entrar em contato com o velho mundo. Ares novos que mudam a nossa cabeça e o nosso coração.

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